“Não devemos acreditar em tudo nem duvidar de nada, não há consciência e responsabilidade sem informação.”
domingo, 13 de junho de 2010
O que está acontecendo no Quirguistão?
A guerra do Afeganistão está a ser travada também fora do território controlado pelo governo afegão.
Assim como havia acontecido no passado Abril, novos confrontos e dezenas de mortes são a conta dos últimos confrontos no Quirguistão.
E, apesar das facções oficiais ser pro e anti governista, o que poderia fazer pensar em lutas internas, na realidade estamos diante dum outro episódio de um jogo bem maior: o grande jogo das revoluções coloridas, em que a intervenção dos EUA é fundamental no desencadeamento de confrontos.
Washington não aceita o novo governo que queria desmantelar a base militar atualmente nas mãos das forças que combatem no Afeganistão. Isto poderia dificultar a táctica na guerra pelo controle do País vizinho, razão pela qual os EUA não hesitam em aproveitar as desconfianças étnicas nunca adormecidas.
Os apoiantes do presidente deposto Kurmanbek Bakiyev pertencem à minoria Usbeque, enquanto os que suportam o novo presidente Otunbayeva Roza (que prometeu um referendo sobre a nova constituição de Junho e as eleições para o parlamento em Outubro) são principalmente Quirguizi.
Nos últimos dias, pouco antes da nova rebelião, a base dos EUA foi forçada a parar a atividade de reabastecimento dos aviões americanos em vista duma missão para o Afeganistão, devido a uma disputa com as autoridades do Quirguistão sobre o preço do gasóleo.. Um sinal claro para Washington, um sinal do governo da Otunbayeva, no interior do qual são crescentes as pressões para expulsar os Americanos do País.
E Washington não está habituada a receber um "não". Por isso é "normal" o apoio aos revoltosos para que o Quirguistão possa voltar nas mãos do antigo presidente, amigo dos EUA, Bakiyev.
Nesta altura é possível contar 82 mortos e mais de 1.000 feridos, mas o balanço é ainda provisório.
Moscovo oferece ajudas humanitárias, mas não militar. Washington não comenta.
Mas é claro sobre quem recai a responsabilidade destas mortes.
Ipse dixit.
Fonte: http://informacaoincorrecta.blogspot.com/
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Mas que bom este artigo! :)))
ResponderExcluirGostei do blog (tem mais ou menos a mesma idade do meu) e adicionei o link na minha lista de "leituras favoritas": merece!
Um abraço,
Massimo
Como é possível um país estar envolvido em tantas guerras...É inevitável que esse Império caia.
ResponderExcluirÓtimo post.
Abraço