segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ética?

conseqüência


Delegar ou abdicar das nossas responsabilidades é mais cômodo, já as conseqüências da covardia moral é o que molda a nossa realidade.

Governo serve aos que não tem habilidade, competência ou negligencia para fazê-lo na individualidade, parece ser o nosso caso. Os governos não servem mais ao seu nobre propósito original, talvez nunca o tenha servido maculado pelos que exercem de forma leviana a honestidade e lisura. O pleito eleitoral é um embuste, um delírio coletivo que busca mudar em vão as conseqüências da falência ética individual, desconhecendo ou negando com veemência a causa. Na prática seria a legitimação implícita dos atos corruptos.

Os problemas nunca foram os sistemas, de cunho filosófico ou idealista. O problema é a forma que cada indivíduo o executa em benefício próprio, o apego extremado ao individualismo em detrimento de uma conduta de vida filosófica ética amorosa em prol da coletividade.

TODOS só querem receber, ninguém quer dar nada de si. Se TODOS dessem, mesmo sem querem, acabaria recebendo. Alguns têm demais, a maioria não tem nada. A responsabilidade é de ambas as partes, profunda ausência ética aliada a dormência aguda de sensibilidade existencial.

Qualquer “ismo”, capitalismo, liberalismo, socialismo, comunismo,... ou nenhum, praticado individualmente pautado na ética resolveria nossos conflitos sociais. Tentem imaginar, TODOS cientes de suas responsabilidades e conseqüências dos atos, dispostos a assumi-los e repará-los, juízes de si mesmos. Se todos os caros fossem um bem público, apropria-se do primeiro que encontrar dirige ate aonde quer ir e o deixa, ao retorna novamente toma posse do mais próximo, dirige até sua casa e o deixa na rua para quem precisar usar. O bem é de quem está usando. A sua casa é sua se você mora nela, adeus aluguel. Todo mundo ajudando todo mundo.

É possível?

Hoje, indubitavelmente, ficção.

Quando TODOS se conscientizarem de que dependemos uns dos outros, entenderem que não é necessário fazer o outro sofrer para sermos felizes e adotarmos, praticarmos uma filosofia fraterna, a vida será bela para todos.

Filosofia não é proposição teórica, devaneio da psique desocupada de um velho barbudo, é sabedoria empírica que deve ser vivida cotidianamente.

Um dia talvez isso e muito mais seja possível.

Ficção é o que ainda não podemos fazer, Mitologia é o que ainda não podemos provar.



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