quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ophiuchus Serpentário




Ophiuchus, o Serpentário, é uma constelação localizada no hemisfério sul. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Ophiuchi. Representa-se o serpentário como um homem segurando a Serpente, que fica dividida em duas partes no céu, Serpens Caput e Serpens Cauda, sendo mesmo assim contadas como uma única constelação.

RS Ophiuchi, uma estrela muito fraca, é parte de uma classe incomum conhecida como "novas recorrentes", cujo brilho aumenta em intervalos irregulares, centenas de vezes em poucos dias. A Estrela de Barnard, a quinta estrela mais próxima do Sol, também está nesta constelação.

As constelações definidas no céu têm como base as 48 constelações descritas no Almagesto, de Ptolomeu. As suas fronteiras precisas, entretanto, só foram definidas em 1930, no primeiro congresso internacional da União Astronômica Internacional, órgão máximo da Astronomia Mundial. Segundo estas fronteiras, Serpentário cruza a eclíptica, entre Escorpião e Sagitário, sendo, portanto uma constelação zodiacal.

A definição da faixa do zodíaco, de utilidade limitada na ciência da Astronomia (onde o conceito de plano da eclíptica é mais relevante), é central na atividade divinatória conhecida como Astrologia. Por este motivo, um debate se segue desde 1930, periodicamente ressurgindo na mídia, sobre um décimo - terceiro signo astrológico. A discussão é amplamente ignorada por astrônomos e comunidade científica.

Embora já fosse conhecida na Antiguidade, quando se formularam as regras da Astrologia, na Antiga Babilônia, apenas 12 das 13 constelações foram levadas em conta, ignorando Serpentário, não é admitida no zodíaco porque há 3 mil anos estava longe da eclíptica. Porém, com a precessão dos equinócios, já se situa entre Sagitário e Escorpião. Na verdade as próprias constelações do Zodíaco não seguem mais o ritmo descrito na Astrologia atualmente, se posicionado mais atrasadas em relação aos dias estipulados; Os astrólogos herméticos usam a elipse como estava disposta na Antiguidade, e excluem Ophiucus.

Astrônomos do Planetário de Minnesota, nos EUA, afirmam que, por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês. “Quando os astrólogos dizem que o sol está em Peixes, não está realmente em Peixes”, disse Parke Kunkle, um dos integrantes do Minnesota Planetarium Society a revista "Time".

De acordo com ele, o signo astrológico é determinado pela posição do sol no dia em que a pessoa nasceu; o que significa que de acordo com os astrônomos, tudo o que se sabia sobre horóscopo está errado, e o 3º signo deveria fazer parte da astrologia.

De acordo com os astrônomos de Minnesota hoje os signos ficariam identificados desta forma:

Capricórnio: de 20 de janeiro a 16 de fevereiro
Aquário: de 16 de fevereiro a 11 de março
Peixes: de 11 de março a 18 de abril
Áries: de 18 de abril a 13 de maio
Touro: de 13 de maio a 21 de junho
Gêmeos: de 21 de junho a 20 de julho
Câncer: de 20 de julho a 10 de agosto
Leão: de 10 de agosto a 16 de setembro
Virgem: de 16 de setembro a 30 de outubro
Libra: de 30 de outubro a 23 de novembro
Escorpião: de 23 a 29 de novembro
Serpentário: de 29 de novembro a 17 de dezembro
Sagitário: de 17 de dezembro a 20 de janeiro

Ecos da antiguidade relatam que o signo n° 13 do zodíaco, ao contrário dos outros 12 signos é realmente associado com uma pessoa real. No século 27 a.C. no antigo Egito viveu um homem conhecido como Imhotep. Imhotep era conhecido como "Aesclepius" pelos gregos antigos, porém os atributos são os mesmos.



O símbolo da serpente ou cobra, que ainda hoje é usado para simbolizar a profissão médica também foi usado para representar Imhotep. É considerado o primeiro arquiteto, engenheiro e médico da história antiga - embora dois outros médicos, Hesy-Ra e Merit-Ptah, tenham sido contemporâneos seus.
A lista completa de seus títulos é: Chanceler do Rei do Egito, Doutor, Primeiro na linhagem do Rei do Alto Egito, Administrador do Grande Palácio, Nobre hereditário, Sumo Sacerdote de Heliópolis, Construtor, Carpinteiro-Chefe, Escultor-Chefe, e Feitor-Chefe de Vasos.


Para complementar, dois pontos de vista:


Nos últimos tempos, temos visto algumas polêmicas e alguns mal-entendidos no que diz respeito aos signos do zodíaco e às constelações que o mesmo contém. Na verdade, não devemos fazer confusão entre signo e constelação zodiacal. Os signos, em número de doze, correspondem cada um à divisão de 30 graus do círculo zodiacal ( 360 /12 = 30), os quais recebem o nome da constelação mais significativa daquela região do céu conforme os povos antigos que criaram tal concepção de organização estelar, e que a Astrologia adotou e ajudou a popularizar.

As constelações sempre tiveram, desde a época das civilizações mais antigas, a importante função de dar uma organização ao céu, facilitando sua leitura e ajudando na identificação dos astros. Sempre representaram uma verdadeira cartografia do céu. Acontece, contudo, que até o início deste século, a delimitação das constelações não respeitava um critério padrão, existindo cartas celestes com limites irregulares, além de arbitrários e ainda com algumas linhas curvas. Havia também mapas e globos celestes com configurações artisticamente elaboradas, sem a precisão do rigor científico, como ainda constelações que eram identificadas por linhas arbitrárias que interligavam suas estrelas.

Foi a partir de 1922, quando da criação da União Astronômica Internacional (UAI), que o conceito de constelação começou a mudar e surgiu Ofiúco (Ophiucus) como uma 13a constelação zodiacal. Durante a assembléia geral da UAI em 1925, em Cambridge, foi criado um grupo de trabalho para estudar a questão das delimitações das constelações, surgindo daí a proposta de criação de regiões na esfera celeste, tal como um país dividido em estados. Assim, a esfera celeste foi dividida em 88 regiões, também chamadas constelações, com tamanhos variados e delimitações bem definidas e retilíneas. Cada região recebeu o nome da principal constelação nela predominante e todas aquelas cortadas pela linha da eclíptica (linha que no céu, vista da Terra, representa o caminho percorrido pelo Sol durante o ano) passaram a ser consideradas zodiacais.

Convém explicar que o zodíaco é um círculo ou faixa de 17 graus no céu, que abrange toda a esfera celeste e que tem no centro a linha da eclíptica. Foi desta forma, então, que o zodíaco acabou por ser premiado com 13 regiões ou constelações, que são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Convém salientar novamente que para ser considerada zodiacal a constelação deve ser atravessada pela linha da eclíptica, ou seja, o sol deve cruzá-la ao longo do ano. Acontece que depois de passar por Libra e Escorpião, o sol cruza Ofiúco de 30 de novembro a 17 de dezembro, antes de entrar em Sagitário. Porém, esta passagem do sol por Ofiúco não é considerada pela astrologia.

Do modo como foi organizado o céu pela UAI, todas as treze constelações ocupam espaços diferentes ao longo da linha da eclíptica, o que significa dizer que a divisão do zodíaco em doze signos de trinta graus cada um é puramente arbitrária e segue apenas a tradição dos povos antigos. Ofiúco é uma constelação um tanto extensa, sendo conhecida também por Serpentário. Na mitologia grega, este agrupamento de estrelas estava associado a Esculápio, deus da medicina. Segundo a lenda, Esculápio passou a dedicar-se à arte da cura após ver uma serpente ressuscitar outra com algumas ervas que trazia em sua boca.

Esta é, inclusive, a origem do símbolo das ciências médicas: duas serpentes enroladas num bastão. Ainda sobre esta constelação, diz-nos o saudoso professor Amaro Seixas Netto:

“Em realidade, o Zodíaco atual tem treze constelações. Desde 1952, temos adotado esta Constelação Zodiacal em nossos estudos, criando assim o Zodíaco perfeito e exato sobre a Eclíptica. Esta descoberta decorreu duma análise profunda do curso do Sol zodiacal, e deste modo propusemos a sua notação na Faixa Zodiacal bem como criamos o seu signo, publicado na Imprensa para registro. Pode observar-se que o Sol, no Zodíaco, percorre pequena parte do Escorpião e logo entra no Ofiuco, para depois ingressar em Sagitário.” SEIXAS NETTO, A. O zodíaco. São Paulo : Editora do Escritor, p[agina 60.

Para alguns astrólogos, a polêmica a respeito da existência de um 13° signo não faz sentido, haja vista que não são as constelações lá no céu que influenciam os seres aqui na Terra e sim energias cósmicas que tomam como referência os signos tradicionais. Há também opiniões que procuram justificar que tanto a cobra (Ofiúco) como o escorpião são animais que trocam de pele, indicando uma personalidade sujeita a grandes flutuações, e que, neste caso, Ofiúco vem a ter o mesmo significado astrológico de Escorpião.

Portanto, apesar de termos 13 constelações zodiacais, com a inclusão de Ofiúco, a divisão do zodíaco em doze signos, para efeito da astrologia, segue a antiga tradição e não precisa levar em consideração as mudanças estabelecidas pela UAI, o que muitos astrônomos consideram uma imperfeição. E como a divisão do zodíaco em signos não apresenta nenhum interesse prático maior para a astronomia, o surgimento de Ofiúco como região zodiacal em nada deverá abalar as crenças e os estudos astrológicos, pois os astrólogos sabem que suas concepções não partem das constelações e sim dos signos, que são meras convenções.


Paulo Araújo Duarte - Professor de Astronomia do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina.

http://dialogospoliticos.wordpress.com/2011/01/14/serpentario-conheca-o-13°-signo-do-zodiaco-segundo-a-nova-astrologia/

Sagrado universo!

Do Sagitário ao Serpentário

Possibilidade de um 13º signo existir causa polêmcia entre astrônomos e astrólogos

Leidiane Montfort
Da Redação

Há séculos e milênios o homem olha para o céu em busca de respostas. O emaranhados de pontos e luzes significariam exatamente o que? A astronomia e a astrologia se desenvolveram a partir desse pensamento. No entanto, freqüentemente profissionais das 2 áreas entram em discussão, por algum motivo. O assunto do momento é a teoria de astrônomos, em especial Parke Kunkle que defende a inclusão de um novo signo: Ophiuchus, o serpentário. Fato que alteraria as datas dos outros signos.

Para tal, Kunkle argumenta que as mudanças no alinhamento da Terra podem ter alterado as datas de muitos signos do zodíaco. Ophiuchus, também conhecido como Serpentário, é um signo que já existia em algumas versões do zodíaco do passado. Também há uma constelação com o mesmo nome.

Em entrevista ao Vida a astróloga, taróloga e cabalista Graziella Marraccini, disse que é preciso analisar a proposta com calma. Os signos são uma coisa inventada, fruto da imaginação do ser humano. "Eu não descarto que no futuro a astrologia venha a considerar os 13 signos (incluindo o serpentário). Já que a astrologia é regida por Urano que traz visão de futuro. Mas, por enquanto, creio que nada muda".

A astróloga explica que outros planetas ou asteróides (Ceres, Quiron) surgem a cada nova pesquisa dos astrônomos, e Plutão foi rebaixado a planeta-anão, contudo nada disso modifica o conhecimento astrológico. "À medida que as influências astrológicas destes corpos celestes se farão presentes na humanidade, a astrologia certamente fará uso desse conhecimento". (...)

"No ocidente, e partindo do princípio que os arquétipos não mostraram ainda ter se modificado ao longo da história da humanidade, não acreditamos ser necessário, pelo menos de imediato, modificarmos aquilo que a astrologia tradicional nos ensina".

Constelação X Casas astrológicas - Há uma diferença entre constelação e signos (também chamados de casas astrológicas). Constelações estão colocadas no caminho aparente do Sol, ou seja, por causa do movimento e da inclinação da Terra no seu eixo.

A astrologia, por tradição, determinou que o Círculo Zodiacal fosse dividido em 12 Signos de 30 graus cada um, descartando assim a possibilidade de considerar Ophiucus, o portador de serpente, cujo desenho inclui somente um pé na roda zodiacal. Ophiucus era associado na mitologia Grega ao Deus Esculápio (ou Asclépius), o Deus da Cura.

"Descartado Ophiucus, às 12 constelações restantes foram dados 30 graus cada, de forma que a divisão em Casas permanecesse igual para todas. A convenção estabeleceu assim um igual valor para todas as 12 casas zodiacais. (...) Os astrônomos (e os astrólogos também) consideram que os signos zodiacais estão deslocados na elíptica solar, por causa da precessão dos equinócios. Isto é um fato".

"As diferentes personalidades (explicadas através da complexidade dos signos, posição de planetas e das casas, aspectos, etc.), não mudaram e não mudarão, em sua forma primordial. No entanto, todo o ser humano tem um horóscopo pessoal, único, individual, que nunca é idêntico àquele de outro ser humano. Ele é como sua marca registrada, seu DNA".

Astrologia - A divisão entre astrologia e astronomia é, relativamente, recente. No século 18 a astronomia e a astrologia divergiram em seus estudos. A primeira se afastou do significado oculto dos símbolos mantendo somente os estudos mecanicistas definidos pela ciência.

Graziela cita que Leonardo Da Vinci por exemplo, estudava astrologia, já que pesquisava o céu, a partir da relação com o homem. Para Graziela, a astrologia deu um significado profundo à interpretação de seus símbolos, que são usados até hoje. "A astrologia se insere no patamar de ajudar as pessoas. Levá-las ao autoconhecimento".


fonte:Gazeta Digital. Cuiabá, Mato Grosso
30 de Janeiro de 2011

2 comentários:

  1. \oi Ydecázio, tudo de bom? Fiz um curso de astrologia cármica há alguns anos. Bem, resumindo, o "x" da questão é que a astrologia usa o zodíaco parado de 2.000 anos atrás (ou mais), porque a "consciência" da humanidade ficou parada lá atrás, não evoluiu, presa a seus carmas. Agora que estamos numa grande transição e a, ao que consta, a consciência, finalmente, irá dar um salto, tais questões podem (e deverão) ser revistas, mas a seu tempo, porque as pessoas atualmente encarnadas ainda estão vinculadas aos padrões antigos (é por isso que o mapa astral "bate", dá certo...hehe - esta é, afinal, a grande questão - por que, se o zodíaco hoje é outro, a leitura de um mapa astral dá certinho, com precisões inclusive constrangedoras de tão exatas? porque as pessoas estão naquele padrão de consciência antigo ainda. Para a futura humanidade, que está iniciando encarnações há pouco tempo, o zodíaco de hoje estará fora de sincronicidade com seus níveis de consciência, aí a coisa toda terá, obrigatoriamente, que ser revista. É como percebo...hehe
    beijos
    Iara

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  2. Tudo bom Iara, Obrigado por abrilhantar esse espaço, Otimo comentário , resumiu tudo...

    Abraço...

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